2762 BRASILE «Ridatemi i resti di mio figlio» desaparecido: Una madre novantenne al Capo dello Stato

20070210 16:10:00 webmaster

Lungro (Cosenza)

Una madre novantenne al Capo dello Stato e alla Farnesina
«Ridatemi i resti di mio figlio»
Morto nel ’74 in Brasile dove combatteva contro la dittatura
di Domenico Marino, Cosenza (Gazzetta del Sud)

«Presidente, la prego, mi faccia riavere i resti di mio figlio». Accorato l’appello al Capo dello Stato di Elena Gibertini, novantenne mamma di Libero Giancarlo Castiglia, un guerrigliero di origine cosentina morto nel ’74 in Brasile dove si batteva contro la dittatura militare.

L’anziana donna ha bussato grazie ai media alle porte del Quirinale chiedendo l’intervento di Giorgio Napolitano affinché i resti di Giancarlo possano essere trovati e trasportati in Italia per la sepoltura. A San Lucido, lungo il Tirreno cosentino, dove era nato. O a Lungro, il centro italoalbanese in cui la madre vive. «Sono ormai novantenne ? ha scritto la signora Gibertini nel messaggio al presidente della Repubblica ? e so bene che presto mi toccherà morire. Il mio unico desiderio però è poter rendere un ultimo saluto a mio figlio Libero».

Castiglia è morto nella regione brasiliana dell’Araquaia. Faceva parte di un gruppo guerrigliero ed era membro del comitato centrale del Partito comunista del Brasile. Pare sia stato l’unico straniero caduto in combattimento contro le truppe della dittatura militare brasiliana.

Libero, che era conosciuto nella regione come "Joca", aveva adottato il falso nome di Joao Bispo Ferriera da Silva. Nei mesi scorsi i fratelli di Libero Castiglia hanno inviato una richiesta al ministro degli Esteri Massimo D’Alema e al presidente della Camera Fausto Bertinotti per chiedere un loro intervento. Ma non hanno avuto risposta. Ecco perché ora la mamma s’è appellata direttamente al presidente Giorgio Napolitano. Più volte i fratelli e la nipote Lara si sono recati in Brasile per sollecitare (inutilmente) che i resti mortali di Joca fossero individuati, ricomposti e restituiti alla famiglia per la sepoltura.

«Dalla politica ? ha dichiarato Walter, il fratello di Libero che vive a Lungro assieme all’anziana madre ? non abbiamo mai avuto risposte. Abbiamo coinvolto in questa vicenda sia esponenti locali che quelli nazionali ma ad oggi non c’è stato nessun interessamento concreto alla vicenda. Noi non abbiamo la disponibilità economica per far fronte al ritrovamento e al rimpatrio del corpo di Libero e per questa ragione vorremmo che lo Stato intervenisse per aiutarci».

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” Devolvam os restos do meu filho "

A morte de Castiglia abre uma discussão internacional sobre a aplicação da lei de anistia
O pedido da italiana Helena pode levar militares brasileiros à Corte de Haia

HUGO MARQUES

Elena Gibertini completou 90 anos em julho. Ela mora em San Lucido, pequena cidade da Itália. Elena virou noticia em jornais e emissoras de seu país este mês ao pedir ao governo italiano que faca pressão sore o Brasil para que devolva o corpo de seu filho, Libero Giancarlo Castiglia. Ele foi o único estrangeiro a lotar na guerrilha do Araguaia. Foi dado como morto em 1973 e seu corpo nunca apareceu. "Nossa família está pedindo ao governo da Itália que peça ao governo brasileiro noticias sobre este cidadão italiano", disse Elena a ISTOÉ. "O meu filho é uma pessoa que só queria um Brasil melhor, liberdade e igualdade". Ela faz um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Lula foi um companheiro que sofreu muito também", diz. "Ele só tem que lembrar da sua história passada."

O caso Castiglia tem potencial para trazer muitos problemas ao Exército. O corpo de Libero Giancarlo é a prova material necessária que pode levar os italianos a exigir o julgamento na Corte Internacional de Justica. em Haia, dos militares brasileiros responsáveis por sua morte. A mãe Elena acaba de escrever para o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, exigindo que pressione o governo brasileiro pelos restos do filho. Só os militares sabem onde ele está. A Lei de Anistia de 1979 já isentou de responsabilidades tanto os ex-guerrilheiros quanto os militares. "Mas o desaparecimento de Castiglia é um caso internacional de violação dos direitos humanos", argumenta a pesquisadora Myrian Luiz Alves, biógrafa do italiano. "Chegou a hora de o governo fazer uma comissão para procurar os corpos e contar esse pedaço do nossa história." Castiglia morreu em 1974, na chamada Terceira Campanha da Guerrilha do Araguaia, quando os militares receberam ordens expressas de seus comandantes de não fazer prisioneiros…. e nenhum guerrilheiro retornou com vida. Há 47 desaparecidos nessa fase dos combates; há indícios de que cerca 25 deles teriam sido presos e depois fuzilados.

Na guerrilha, Libero adotou o nome de João Bispo Ferreira da Silva. Mas foi pelo apelido de Joca que seu nome ganhou fama na selva. Era o guerrilheiro que divulgava música clássica em plena regiao do Bico do Papagaio. Muito popular, virou padrinho da várias crianças. ”Ele era um garoto muito sério", carinhoso ao máximo, bom estudante", diz Elena. "Tenho poucas fotos dele". Filiada ao Partido Comunista Italiano, Elena veio com a família para o Brasil em 1955. O marido, Luigi Castiglia, na época filiado ao Partido Socialista, chegara na frente, em 1949. Moraram em Bonsucesso e em Ramos, bairros do Rio de Janeiro. Libero fez um curso de torneiro mecânico no Senai. Em 1963, ajudou a pichar o Pão de Açúcar com a palavra "Fidel", homenagem ao líder da revolução cubana.

Libero não falou para a mãe que partiria para o Araguaia. Mas ela desconfiava que o filho adotaria uma causa política. "A gente imaginava", diz ela. "Com ele, os olhos falavam mais que as palavras." Elena conhecia alguns integrantes que teriam destaque na guerrilha. "O Maurício e o André Grabois vinham na nossa casa e muitas vezes comiam a comida italiana de que gostavam muito", diz ela. Em 1964, em pleno golpe militar o rapaz disse que ia viajar. "Eu perguntei a ele se eles queriam mudar o mundo", lembra Elena. "E ele respondeu: "Se nunca se começa, nunca se muda. Se não se consegue, paciência." Em 1967, Elena ficou sabendo que Joca tinha ido para a China em nome do PCdoB. O rapaz trouxe para ela um leque. Naquele mesmo ano, a primeira mensagem do Joca do Araguaia chegou escrita num pedaço de papel de embrulhar pão. "Estava escrito que ele estava bem e não era para nos preocuparmos", lembra Elena. "A mensagem foi destruída. Não se podia ter nada em casa."

Em 1970, Elena voltou para a Itália por problemas de saúde. Hoje, ela diz que nutre uma sensação de vazio muito grande no coração. "Não poder fazer um enterro do filho dá muita raiva", diz. Mas só o Exército brasileiro poderia informar onde está o corpo do filho dela. "Estas pessoas, de que elas tem medo, de mortos ?", pergunta Elena. Há dois anos, outro filho dela, o alfaiate Antonio Castiglia, esteve no Brasil, mas voltou para a Austrália frustrado por não encontrar os restos mortais do irmão. Ele chegou a doar sangue para o primeiro banco de DNA da guerrilha. Parte da família Castiglia mora no Rio. Elena não acha que o filho Libero tenha feito algo errado ao se engajar na guerrilha: "Tenho certeza de que a luta desse garoto e de todos os seus companheiros servia para abrir olhos do Brasil." No Brasil, Joca vai ganhar uma biografia especial, escrita pela pesquisadora Myrian Luiz Alves.

”Ridatemi i resti di mio figlio”. Una madre novantenne al Capo dello Stato e alla Farnesina
Gazzetta del Sud On line, Italia, 04-01-2007
http://www.gazzettadelsud.it
http://lists.peacelink.it/latina/msg08071.html

ITALIANA FAZ APELO POR CORPO DE GUERRILHEIRO MORTO NO BRASIL
Ansalatina.com.br, Brasile, 03-01-2007
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/rubriche/italia/20070103172734155710.html

Brasile: desaparecidos, rivogliamo le spoglie di Joca
La famiglia di Libero Giancarlo Castiglia (Joca) – desaparecido in Araguaia circa trenta anni fa – chiede la restituzione dei suoi resti al governo brasiliano
Peacelink, 12-03-2005
http://italy.peacelink.org/latina/articles/art_10087.html

 

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EmiNews 2007

 

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